A FETE-SP dá vivas à luta dos trabalhadores brasileiros e de todo o mundo por melhores condições de trabalho, redução da jornada, salários dignos e o direito à educação. Essa história vem de há muito tempo. Tivemos algumas vitórias e continuamos a lutar para conquistar todas as nossas reivindicações, sejam históricas e contemporâneas. Fizemos um apanhado muito resumido da história do 1º de Maio para que você tome conhecimento sobre essa importante data e o que ela significa a todos nós.

Um pouco de história

As comemorações do 1º de Maio foi instituída em homenagem aos trabalhadores da cidade de Chicago, Ilinois, EUA, que, em 1886, entraram em greve pela redução da jornada de trabalho, a qual chegava a exaustivas 17 horas diárias (seis ou sete dias por semana), fim do trabalho infantil e melhores condições salariais e de trabalho.

As manifestações que tinham como lema “8 horas de trabalho, 8 horas de descanso, 8 horas de educação”, começou no dia 1 de maio daquele ano, estendendo-se até o dia 4. Nesse período as manifestações foram duramente reprimidas, com confrontos, prisões e mortes causada pela explosão de uma bomba na Praça Haymarket, centro da cidade.

Não só nos EUA, mas em todo o mundo, as condições de trabalho eram péssimas. Discussões e manifestações ocorriam em todas as partes. Três anos depois, em 14 de julho de 1889, por ocasião da realização da I Internacional Socialista dos Trabalhadores, em Paris, França, organizada pela Segunda Internacional, decidiu-se homenagear àquela greve de Chicago, instituindo o 1º de maio como data comemorativa para a reflexão. Surge ai o Dia Internacional de Luta dos Trabalhadores e das Trabalhadoras.

Desde então, tem sido, em todo o mundo, momento de encontro, sinergia, congraçamento e união da classe trabalhadora em torno de suas pautas universais e das pautas específicas, em cada país, de cada categoria.

No Brasil, a primeira grande manifestação do 1º de Maio ocorreu no Rio de Janeiro, em 1906, organizada pela Confederação Operária Brasileira (COB – primeira experiência de central sindical do país). Contrariando as tendências da época, a COB combatia veementemente aqueles que encaravam a data como feriado ou como festa. As palavras de ordem eram: jornada de 8 horas; melhores condições de trabalho; autonomia sindical.
De lá pra cá, os trabalhadores obtiveram muitas conquistas com sua luta: direitos como férias, 13º salário, jornada de 8 horas diárias, etc. No entanto, a classe trabalhadora brasileira está dispersa e possui características bem diferentes dos operários que antes trabalhavam às dezenas de milhares em grandes concentrações fabris, o que coloca para os sindicatos, o desafio de encontrar formas de acolhê-la, organizá-la, identificar suas necessidades e formular reivindicações que dialoguem com sua natureza de trabalhadores individualizados, que muitas vezes se consideram patrões de si mesmos.

Vale lembrar que em todo o mundo, o 1º de Maio é comemorado, menos nos EUA.

 

Nilcea Fleury

Presidenta da FETE-SP

Diretoria da FETE-SP