São estarrecedores os ataques misógenos e machistas desferidos por senadores, ontem, 27 de maio, na Comissão de Infraestrutura, contra a Ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva. É constrangedor e repugnante assistir senhores eleitos para representarem seus respectivos Estados demostrarem tanta desqualificação intelectual, demostração gratuita de violência verbal e sem a mínima noção de civilidade.

A ministra Marina Silva foi convidada pela Comissão do Senado para falar sobre a criação de áreas de conservação na Margem Equatorial, região no litoral norte do país, onde a Petrobras pretende explorar petróleo. O assunto é polêmico dentro do próprio governo. Lula e parte da base governista apoia a exploração, enquanto Marina tem defendido que a liberação depende de uma análise técnica do Ibama sobre os riscos ambientais para licenciar a prospecção. Marina, no pouco tempo que teve para argumentar o seu pondo de vista, disse que essas unidades de conservação não incidem sobre os blocos de petróleo e não foi inventada ag0ra para inviabilizar a Margem Equatorial. Isso vem desde 2025”, disse.

No entanto, há muita pressão por avanços na liberação da licença, vinda, além de parlamentares, do Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD). Outro ponto polêmico foi o asfaltamento da BR-319, estrada que liga Porto Velho (RO) a Manaus (AM).

Pouco afeitos à argumentação inteligente, à informação fidedigna e ao trato civilizado que os cargos que ocupam exigem, alguns senadores passaram a ofender a Ministra como se ela tivesse a obrigação de se submeter aos interesses e pretensões de políticos e empresários locais.

O episódio despertou repulsa. Afinal, a trajetória de Marina Silva orgulha o povo brasileiro. Uma mulher altiva que fez revelar o quanto é pequeno aquele que não tem condições de encarar uma ministra da sua relevância internacional.

Há que se perguntar se o Senado irá tomar providências institucionais, ou se haverá retratação por parte dos agressores ou se o Senado se calará diante do ocorrido.

 

Nilcea Fleury

Presidenta da FETE-SP

Na manhã do último sábado, 24 de maio, os servidores da Fundação Casa participaram de uma importante assembleia-geral, realizada em formato híbrido — presencialmente no auditório do Sindicato dos Padeiros e também de forma on-line, via Google Meet. Por unanimidade, a categoria aprovou o estado de greve e a manutenção da continuidade do processo de negociação como parte da campanha salarial 2025.

Foi deliberado:

1. Que recusou os termos apresentados até aqui.
2. Que decidiu pela continuidade da negociação
3. Aprovou estado de greve
4. Autorização assemblear para o SITSESP (Sindicato da Socioeducação do Estado de São Paulo) celebrar Acordo Coletivo de Trabalho das cláusulas reivindicadas e anuídas pela Fundação Casa, conforme art. 18, II do Estatuto;
b) Votação: Outorga de poderes à Diretoria do Sindicato para prosseguir das negociações diretamente com a Fundação Casa e/ou Governo do Estado de São Paulo/SP, em conjunto com os representantes da Comissão de Negociação eleita, bem como a eventual realização de Mesa Redonda nos Órgãos competentes, e, em caso de insucesso das mesmas, suscitar Dissídio Coletivo perante o Egrégio Tribunal Regional do Trabalho?
c) Votação: Autorização assemblear para que a presente assembleia seja em caráter permanente, podendo ser convocadas tantas outras assembleias que se fizerem necessárias, por força desta decisão, enquanto perdurar todas as negociações coletivas até a finalização, sempre com publicação em todas as redes sociais, site e envio por mensagens eletrônicas, assegurada a ampla divulgação

A assembleia foi conduzida pelo presidente Neemias de Souza, que abriu os trabalhos pontualmente às 9h, com a segunda chamada realizada às 9h30. Após a composição da mesa, foi feita a leitura completa da pauta, seguida de apresentação da agenda de negociações e espaço para manifestação dos servidores.

As deliberações representam um passo estratégico para intensificar a mobilização da categoria, ampliando a pressão por avanços concretos nas negociações com a Fundação Casa e órgãos do governo O objetivo central é conquistar valorização profissional e o devido reconhecimento aos servidores da Fundação Casa, que exercem um papel fundamental no atendimento socioeducativo.

Durante a assembleia, foi destacada a importância de intensificar o diálogo com o governo, buscar apoio no parlamento e ampliar o envolvimento da sociedade civil. A categoria quer mostrar que o reconhecimento e a valorização dos servidores não são apenas uma demanda corporativa, mas uma condição essencial para a qualidade do atendimento prestado a sociedade.

A direção sindical reafirmou o compromisso com a negociação responsável e transparente, destacando que o estado de greve não representa paralisação imediata, mas uma autorização para intensificar a mobilização da categoria, sempre com foco na construção de soluções e na defesa de direitos.

Novas ações serão anunciadas nas próximas semanas, com previsão de agendas com parlamentares, rodas de conversa e tão logo tenha avanço, haverá convocação de nova assembleia. A mobilização continua.

Informações do Sitsesp

É com profundo pesar que a Federação Estadual dos Trabalhadores em Educação do Estado de São Paulo recebeu a notícia do falecimento de José “Pepe” Mujica, ex-presidente do Uruguai e militante histórico da esquerda daquele país.

Um defensor intransigente da justiça social, econômica e cultural, Mujica desde o início da sua militância, ainda na resistência armada, sempre foi um exemplo de conduta ética inabalável e símbolo da coerência entre o que dizia e o que fazia.

Foi um dos fundadores do movimento Tupamaros que enfrentou com bravura a ditadura militar uruguaia, passou 12 anos preso para tornar-se chefe de Estado eleito democraticamente. Fez um mandato absolutamente impecável, trouxe prosperidade ao povo uruguaio, aplicando reformas com coragem politica e vida pessoal regrada, do início ao fim de sua vida.

Sim. É possível governar se ostentações. É possível governar pensando única e exclusivamente no povo, principalmente, o mais humilde. É possível, sim, defender a soberania e a dignidade nacionais com liberdade, democracia e com educação, fatores basilares da conduta de “Pepe” Mujica.

Aos familiares, amigos e ao povo uruguaio, toda a nossa solidariedade.

Pepe Mujica, presente! Hoje e sempre!

 

Nilcea Fleury

Presidenta da FETE-SP

Diretoria da FETE-SP

O mundo acompanhou com grande expectativa a eleição do novo Papa, nesta quinta-feira, 8 de maio de 2025. E como não podia ser diferente, o tão esperado anúncio encheu de esperança todos aqueles que têm como perspectivas, a solidariedade, os direitos sociais e a justiça. Com 89 dos 133 votos no Conclave, o Cardeal estadunidense-peruano Robert Francis Prevost tornou-se o Papa Leão XIV, aos 69 anos.

Oriundo da Ordem dos Agostinianos, Leão XIV é conhecido como “o Pastor de duas pátrias”, por ter nascido nos EUA e conquistado a cidadania peruana. Considerado pertencente da ala Reformista da Igreja Católica, segue o legado do Papa Francisco.

A FETE-SP espera que seu caminho como Sumo Pontífice siga, de fato, o mesmo caminho do seu antecessor, imprimindo uma marca humanista, solidária e generosa à Igreja Católica. Em tempos de guerra, preconceito e ódio, que Leão XIV proteja os imigrantes, os refugiados da fome, das guerras, das perseguições e dos preconceitos, principalmente, religiosos que, infelizmente, agridem a alma humana.

Que o Papa possa unificar e agregar as pessoas, independentemente, da sua origem ou da sua nacionalidade.

A FETE-SP é uma entidade laica, mas vê com bons olhos a eleição do Papa Leão XIV, um sinal bastante evidente que as agressões

e a intolerância continuarão sendo combatidas. Esperamos todos que sim.

Vida longa ao Papa Leão XIV.

 

Nilcea Fleury

Presidenta da FETE-SP

Diretoria da FETE-SP

Reunião da Direção da FETE-SP realizada virtualmente, nesta terça-feira, 11, discutiu o pagamento do novo Piso Salarial Profissional Nacional do magistério anunciado pelo Ministério da Educação, no último dia 31 de janeiro, e os preparativos para a realização do Planejamento Estratégico da Federação.

Em relação ao Piso, foi constatado que grande parte dos municípios, além de não estarem pagando, os prefeitos o consideram como “teto” salarial. Dessa forma, os dirigentes dos sindicatos filiados à FETE-SP comprometeram-se em fazer um real levantamento em suas bases de representação, centralizarem essas informações, para poder traçar uma estratégia política de enfrentamento dessa situação.

A diretoria definiu também realizar nos póximos dias 14, 15 e 16 de março, reunião de Planejamento da entidade para todo o ano de 2025. A reunião se realizará na Colônia de Férias da APEOESP, em Águas de São Pedro.

Fórum Municipal

Durante a reunião, o coordenado do Fórum de Educação do Estado de São Paulo e Secretário de Organização da APEOESP, Leandro Alves Oliveira, falou aos membros da Diretoria da FETE-SP sobre a importância da ação que o Fórum está realizando junto ao Ministério da Educação e à Secretaria Estadual de Educação para dialogar com os secretários municipais de educação sobre a criação de fóruns municipais e, assim, abranger um maior número possível de municípios. Segundo Leandro, hoje, dos 645 municípios no Estado, apenas 124 constituíram o seu fórum de educação. Da mesma forma, será possível, a partir desse diálogo, a criação e monitoramento do novo Plano Municipal de Educação, cuja validade expira ao final de 2025 e do Plano Estadual de Educação que expira em 2026. Ele próprio disse que entrará em contato com as diretorias dos sindicatos filiados à FETE-SP para conversar pessoalmente sobre essas possibilidades. “A FETE-SP tem uma capilaridade muito importante para envolver todas as entidades nessas discussões, além do piso salarial nacional e da valorização profissional’, finalizou.