Professores e professoras de todo o país estão comemorando o novo Piso Salarial Profissional Nacional do magistério anunciado pelo Ministério da Educação (MEC), no último dia 31 de janeiro. Com o reajuste de 6,27%, o valor mínimo que professores da rede pública de educação básica devem receber, para uma jornada de 40 horas semanais, em todo o País, é de R$ 4.867,77.

Como os salários são pagos pelas redes de ensino, cada estado e município precisa oficializar seu valor por meio de norma própria. Os recursos são provenientes do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb), bem como de complementações da União.

Vale lembrar que o índice reajustado está acima da inflação, medida pelo INPC que apontou reajustes das outras categorias profissionais em 4,77% no acumulado de 2024, e do INPC Amplo (INPCA) que ficou em 4,83%. O reajuste do Piso é anual.

Um pouco de história

O Piso Salarial Nacional para os professores é uma reivindicação histórica do magistério. Representa o resgate da valorização profissional e da qualidade da educação. No entanto, é sempre bom lembrar que, não fossem as mobilizações organizadas pelas entidades representativas da categoria, essa conquista não teria sido tão expressiva.

Em 1994, o MEC e entidades representativas da categoria assinaram um “pacto” em que previa um salário mensal de R$ 300,00, em valores de julho daquele ano. Em março de 2007, 13 anos depois, a proposta de piso salarial para os professores foi encaminhada pelo primeiro mandato do governo Lula, após muita negociação e mobilização dos professores, à Câmara dos Deputados. O Projeto de Lei foi anexada a outro PL de autoria do então Deputado Cristóvam Buarque (PDT-DF), que já tramitava no Senado. Ambos deram origem à Lei nº 11.738, de 16 de julho de 2008. Dessa forma, o magistério público foi a primeira categoria a ter um piso salarial nacional definido na Constituição. O Piso também é destinado a aposentados e pensionistas.

Dia do Professor

Em 1963, já no final do governo de João Goulart (1961-64), foi editado um Decreto instituindo o dia 15 de outubro como “Dia Nacional do Professor e da Professora”. A data foi escolhida em função do primeiro decreto assinado pelo Imperador D.Pedro I, em 1827, quando da primeira legislação que trata sobre a educação brasileira. Ela cria as “escolas de primeiras letras” em todo o País, institui o currículo, salários, pedagogia adotada e didática usada, além da faixa etária dos estudantes.

Nessa “Lei Geral”, como foi conhecida, estabeleceu-se um piso salarial nacional fixando os salários, considerando as circunstâncias da população e a carestia dos lugares. O currículo estabelecido tratava de ensinar a ler, escrever, realizar as quatro operações de aritmética, promover a prática dos números quebrados, decimais e proporções, ensinar as noções mais gerais de geometria prática e a gramática de língua nacional, além dos princípios de moral cristã e da doutrina da religião católica, apostólica romana. Também indicou as primeiras noções de carreira tal e qual a conhecemos hoje: “Os que pretenderem ser promovidos nas cadeiras, serão examinados publicamente perante os Presidentes, em Conselho, e estes proverão o que for julgado mais digno e darão parte ao Governo para sua legal nomeação”. Além disso, o Decreto Imperial também tratou de garantir uma gratificação anual, concedida pelos Presidentes, em Conselho, aos professores que, por mais de 12 anos de exercício do cargo, não interrompidos, tivessem se destacado por sua prudência, desvelos e grandes números de aproveitamento nas disciplinas. Olha a meritocracia aí, gente!

Sobre o direito à educação, o Decreto dizia que haveria escolas destinadas às meninas nas cidades e vilas mais populosas. No entanto, as professoras não deveriam ensinar noções de geometria,  mas restringir-se às quatro operações, além de ensinar as prendas domésticas. Um alento, no entanto, o Decreto igualava os salários e gratificações entre professores e professoras. Apesar dos pagamentos serem vitalícios, os presidentes (governadores e prefeitos), em Conselho, poderiam suspender o pagamento e até demitir. Sem falar que, continuamente, não havia garantias para efetuar os pagamentos do piso em vários regiões do País. Um problema que perdura até hoje. Há uma lei que assegura o piso, mas é, invariavelmente, descumprido.

A discussão sobre a implantação do Piso Salarial nunca foi feita de maneira isolada da discussão sobre a carreira, jornada, condições de trabalho e participação social nas definições das políticas de valorização da categoria.

Como diz a presidenta da Federação Estadual dos Trabalhadores em Educação do Estado de São Paulo (FETE-SP), Professora Nilcéa Fleury, a luta dos professores em todo o país promoveu muitos avanços, mas não pode esmorecer. “Está aqui, vibrante e forte”, apesar da mentalidade dos governantes de hoje em relação à educação serem as mesmas do Brasil Monarquia, além das perseguições do governo do Estado e de muitos prefeitos. “É preciso continuar assim, unidos, na luta e refletir sobre as condições em que se encontram as entidades sindicais hoje, a correlação de forças e o que se pode fazer. “Devemos nos perguntar, o meu município paga o piso salairal? Qual é a minha perspectiva de lutq do sindicato em 2025”, completou Nilcéa.

É com muita indignação e repúdio que a Federação Estadual dos Trabalhadores em Educação do Estado de São Paulo (FETE-SP) acompanha o desenrolar da luta dos servidores públicos do município de Poá contra os desmandos da prefeita Márcia Bin (PSDB), que comprova a cada dia a sua intransigência e truculência na condução de sua administração e sempre em desfavor dos servidores e, principalmente, da população da cidade.

A FETE-SP solidariza-se aos servidores e à Associação dos Profissionais da Educação de Poá (APEP), entidade representativa da categoria e filiada à FETE-SP, que foram agredidos, moral e fisicamente, há alguns dias, quando dirigiam-se à sessão da Câmara Municipal de Poá, para acompanhar os trâmites da votação do PL 26/2022, que diz respeito ao Vale-Alimentação.

Logo na entrada, o presidente da APEP, Franklin V. do Nascimento (e diretor da FETE-SP), e muitos outros servidores foram obrigados a passar pela “revista” feita pela GCM (bolsas, mochilas e bolsos revirados). A truculência se seguiu quando os servidores queriam ser ouvidos pelos vereadores e foram agredidos pela Guarda (incluindo o professor Franklin, foto da capa) e pela própria Secretária de Segurança do município, senhora Marlene Santana, ao lançarem gás de pimenta contra os presentes.

A prefeitura recusa-se a voltar a pagar os valores do vale-alimentação de antes da pandemia. A ação representa um confisco de, aproximadamente, R$ 12 milhões que pertencem por direito e por Lei aos servidores. Segundo a APEP, esses recursos estão parados na Prefeitura. Vale lembrar que os subsídios de 20% acrescidos aos salários da Prefeita, do vice, dos secretários e dos cargos comissionados foram os primeiros a voltarem a ser pagos. Segundo a APEP, o município têm em caixa intactos mais de R$140 milhões em caixa. Mas, a prefeita alega “falência”.

A barbárie não tomará conta do País. Concepções políticas retrógradas, violentas e usurpadoras que se apoderaram do país, pós-golpe de 2016, já estão com seus dias contados. A esperança vencerá o medo. A FETE-SP, seus sindicatos filiados, a CNTE e a CUT estarão nas ruas reivindicando dias melhores a todos os profissionais da Educação e justiça social, política e econômica a todos os cidadãos brasileiros.

Nilcea Fleury

Presidenta da FETE-SP

 

Diretoria da FETE-SP

A presidenta do FETE-SP (Federação Estadual dos Trabalhadores em Educação do Estado de São Paulo), Nilcea Fleury, participou da abertura do 1º Seminário de Planejamento da nova Direção do Sintrafemfa, que aconteceu nos últimos dias 2 e 3 de abril, na Colônia de Férias do Sindicato, em Peruíbe, Litoral Sul de São Paulo.

A nova diretoria analisou a conjuntura política do País; as dificuldades e perspectivas da classe trabalhadora; as atribuições e competências dos dirigentes sindicais; a organização da direção e políticas permanentes.

A presidenta da FETE-SP disse ter ficado bastante empolgada com o trabalho desempenhado pela nova direção da entidade e reitera a disposição de luta e mobilização, não só da categoria, mas de todos os trabalhadores ligados à Educação em todo o Estado pela conquista de direitos.

“Quero agradecer imensamente às companheiras presidenta do Sintraemfa, Maria Nery, que é conselheira da FETE-SP, e a Maria Gusmão, que é secretária de Finanças do Sintraemfa e da FETE-SP, pelo convite e pela forma carinhosa e acolhedora com que fui recebida e dizer que coloco-me à disposição para enfrentarmos juntos esta difícil conjuntura política”. Nilcea acredita numa grande virada em favor da democracia neste país e no Estado de São Paulo. “As perspectivas são ótimas”, disse.

As fortes chuvas que caíram e continuarão a cair, principalmente, na Região Sul da Bahia, e em quase todos os Estados do Sudeste desnudam a falta de investimentos dos governos federal e estaduais em relação a obras de prevenção e de infraestrutura para conter os esperados desastres que, fatalmente, se seguem nesse período de chuvas. Na Bahia, 25 pessoas perderam a vida e outras 517 estão feridas depois das chuvas que caíram no início do ano. Em São Paulo, 24 pessoas também morreram e outras 1,5 mil estão desabrigadas pelos mesmos motivos.

Jair Bolsonaro esteve hoje, dia 1 de fevereiro, na cidade de Francisco Morato, SP (onde 4 pessoas perderam a vida) para ver o estrago provocado pelas chuvas. E, novamente, surpreendeu a todos. Disse que não irá liberar os R$ 471,8 milhões solicitados pelo governo do Estado para atender aos municípios atingidos pelos temporais. Mas, vai atender às demandas individualmente e com cada Prefeito. “Apresentem suas necessidades e nós faremos todo o possível para atendê-los", declarou. Só que Bolsonaro esqueceu-se de apontar se há orçamento liberado para atender as demandas, nem quando o valor será repassado para as prefeituras. Após o demagógico discurso, saiu em carro aberto a passeio pela cidade, acenando para as pessoas como se estivesse em plena campanha política.

Não podemos aceitar a negligência, a incompetência e a politicagem das autoridades e naturalizar a morte, o desabrigo e o desalento nessas circunstâncias.

A Federação Estadual dos Trabalhadores em Educação do Estado de São Paulo (FETE-SP) repudia veementemente o comportamento e as declarações de Bolsonaro e a falta de investimentos em infraestrutura, em políticas públicas e habitacionais, entre outras faltas, do seu governo. A visão tortuosa e preconceituosa do presidente saltam os olhos e causam asco.

"Lamentamos as mortes. Sabemos que, muitas vezes, as pessoas constroem a sua residência por necessidade em um local que, 10, 20, 30 anos depois, o tempo leva a desastres", afirmou o presidente. “Muitas áreas onde foram construídas residências, faltou obviamente alguma visão, por parte de quem construiu, de futuro. Bem como por necessidade também, as pessoas fazem nessas áreas de risco", continuou.

Ora, sr. Presidente, é evidente que ninguém constrói uma casa em uma área de risco porque quer. Mas, só a fazem por absoluta falta de políticas públicas e habitacionais que o seu governo insiste em não oferecer. E, que por questão ideológica, recusa a assistir brasileiros atingidos pelas chuvas, principalmente nos Estados do Nordeste.

 

Nilcea Fleury

Presidenta da FETE-SP

Diretoria da FETE-SP


Com 81,619% dos votos, a Chapa 10 – “Esperançar! Lutar! Conquistar!” venceu as eleições para a Direção Executiva e Conselho Fiscal da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) – gestão 2022-2026. A nova diretoria é composta por representantes de todos os estados brasileiros. A chapa vitoriosa reconduz o professor pernambucano Heleno Manoel Gomes de Araújo Filho à presidência da entidade.

Na avaliação de Heleno Araújo, o formato virtual do Congresso foi acertado pois já há um decreto no Governo do Distrito Federal limitando as aglomerações e eventos presenciais devido às variantes da Covid-19 e um evento presencial poderia trazer inúmeros prejuízos. “Cumprimos todo o programa e tivemos a oportunidade de debater intensamente e aprovar as deliberações necessárias para que nos próximos quatro anos a entidade possa desenvolver suas tarefas”.

Heleno Araújo também destaca a importância da renovação dos membros da nova diretoria: “Uma composição renovada em quase trinta e nove por cento. São vinte novos diretores que chegam nessa direção com uma energia muito forte para intensificar os trabalhos. Vamos ter um grupo lutando fortemente pra dar um fim a esse governo Bolsonaro e tentar reeleger com o nosso apoio o presidente Lula e para que o país venha a ter uma reconstrução na linha das políticas públicas com alimentação, acesso à escola”.

Entre as principais lutas para educação, Heleno Araújo destacou: “De imediato temos que garantir o reajuste do piso de 33,23% que será aplicado para toda a categoria e na carreira de todos os profissionais alcançando ativos, aposentadas e aposentadas, garantir a regulamentação do FUNDEB, evitar que a reforma administrativa seja aprovada e impedir outras medidas de alteração da Constituição que o governo Bolsonaro deseja. A gente vai avançar no segundo semestre para ganhar as eleições nesse país para ter uma boa representação da educação dentro dos parlamentos estaduais e no Congresso Nacional.”.

Quatro chapas se inscreveram para disputar o pleito. Além da vencedora, a Chapa 20 – “CNTE com independência de classe e autonomia frente aos governos”, obteve 3,939% dos votos; a Chapa 30 – “CNTE de luta e democrática”, 9,628%; e a chapa 40, “Por uma CNTE independe e autônoma para derrotar o bolsonarismo e o desmonte da educação”, 4,814%.

O 34º Congresso Nacional da CNTE foi encerrado neste sábado (15), com a posse da nova diretoria da Confederação. O evento foi realizado virtualmente por meio da plataforma Zoom com a participação de trabalhadores e trabalhadoras em educação de todo o país. Veja a seguir a composição da nova diretoria da CNTE.

CHAPA PARA DIRETORIA EXECUTIVA E CONSELHO FISCAL DA CNTE
Gestão 2022-2026
ESPERANÇAR! LUTAR! CONQUISTAR!

DIRETORIA EXECUTIVA – CARGOS TITULARES

Presidência: Heleno Manoel Gomes de Araújo Filho (PE)
Vice-Presidência: Marlei Fernandes de Carvalho (PR)
Secretaria Finanças: Rosilene Corrêa Lima (DF)
Secretaria Geral: Fátima Aparecida da Silva(MS)
Sec. de Relações Internacionais: Roberto Franklin de Leão (SP)
Sec. de Assuntos Educacionais: Guellda Cristina (MT)
Sec. de Imprensa e Divulgação: Luís Carlos Vieira (SC)
Sec. de Política Sindical: Alessandro Sousa Carvalho (CE)
Secretaria de Formação: Marta Vanelli (SC)
Secretaria de Organização: Marilda de Abreu Araújo (MG)
Sec. de Políticas Sociais: Ivonete Alves Cruz Almeida (SE)
Sec. de Relações de Gênero: Berenice Darc Jacinto (DF)
Sec. de Aposentados e Assuntos Previdenciários: Sérgio Kumpfer (RS)
Sec. de Assuntos Jurídicos e Legislativos: Gabriel Magno Pereira Cruz (DF)
Sec. de Saúde dos/as Trab. em Educação: Francisca Pereira da Rocha Seixas (SP)
Sec. de Assuntos Municipais: Cleiton Gomes da Silva (SP)
Sec. de Direitos Humanos: José Christovam de Mendonça Filho (ES)
Sec. de Funcionários/as da Educação: José Carlos Bueno do Prado (SP)
Sec. de Combate ao Racismo: Iêda Leal de Souza (GO)

Secretaria Executiva: Claudir Mata (RO)
Secretaria Executiva: Paulina Almeida (PI)
Secretaria Executiva: Ana Cristina Fonseca Guilherme da Silva (CE)
Secretaria Executiva: Mário Sérgio Souza (PR)
Secretaria Executiva: Carlos de Lima Furtado (TO)
Secretaria Executiva: Kátia Cilene (AP)
Secretaria Executiva: Girlene Lázaro da Silva (AL)
Secretaria Executiva: José Valdivino de Moraes
Secretaria Executiva: Guilherme Mateus Bourscheid (RS)
Secretaria Executiva: Antônio Marcos Rodrigues Gonçalves (PR)
Secretaria Executiva: Raimundo Nonato Costa Oliveira (MA)
Secretaria Executiva: Valéria Conceição da Silva (PE)

SECRETARIAS ADJUNTAS DA DIRETORIA EXECUTIVA 

Secretaria Adjunta: Ronildo Oliveira (PE)
Secretaria Adjunta: Soraya (PB)
Secretaria Adjunta: Dóris Regina Acosta Nogueira (RS)
Secretaria Adjunta: Duda (RJ)
Secretaria Adjunta: Marco Antônio Soares (SP)
Secretaria Adjunta: Luiz Fernando (MG)
Secretaria Adjunta: Sueli Veiga (MS)
Secretaria Adjunta: Cláudio Antunes (DF)
Secretaria Adjunta: Alex Santos Saratt (RS)
Secretaria Adjunta: Amarildo Silveira Pereira (MA)
Secretaria Adjunta: Edson Rodrigues Garcia (RS)
Secretaria Adjunta: Nelson Galvão (SP)
Secretaria Adjunta: Ionaldo Tomaz da Silva (RN)

CONSELHO FISCAL – CARGOS TITULARES

1º Titular Conselho Fiscal: Ivanéia de Souza Alves (AP)
2º Titular Conselho Fiscal: Bruno (RN)
3º Titular Conselho Fiscal: Ornildo Roberto de Souza (RR)
4º Titular Conselho Fiscal: Maria Leônia Gomes de Lima (PB)
5º Titular Conselho Fiscal: Iara Gutierrez Cuellar (MS)

CONSELHO FISCAL – SUPLENTES

1º Suplente Conselho Fiscal: Joseilda Barboza (PE)
2º Suplente Conselho Fiscal: Maria Léa (PI)
3º Suplente Conselho Fiscal: Fábio Henrique Oliveira Matos (PI