Mais de 50 entidades sindicais, entre elas a FETE-SP, representada pela vice-presidenta Neusa Santana Alves (Sinteps); diretores da APEOESP, dirigentes da CUT; da Intersindical e da CTB; representantes do PT; do PSOL; do PCdoB e do PCO; do MST e da CMP; vereadores de algumas cidades do interior do Estado, e da Vereadora Juliana Cardoso, além de inúmeros dirigentes de entidades dos movimentos sociais, estudantis e por moradia realizaram na tarde desta quinta-feira, 25 de novembro, Dia Internacional de Luta pelo fim da Violência contra as Mulheres, um Ato de Desagravo à presidenta da APEOESP e Deputada Estadual, Professora Bebel (PT), pela agressão que sofreu dentro das dependências da Secretaria de Educação do Estado de São Paulo (SEDUC), no último dia 18 de novembro.
Naquela ocasião, a deputada e sindicalista dirigiu-se, com outros membros da direção da APEOESP, à Seduc para conversar com o Secretário Rossieli Soares e discutir a Educação de Jovens e Adultos e o Ensino Noturno, ameaçados pela Gestão. No entanto, foi impedida violentamente por um segurança que, dizia estar “cumprindo ordens”.
A indignação sobre o fato ocorrido foi consenso entre todas as falas dos participantes. Aproximadamente, 200 pessoas acompanharam o evento que se realizou no Auditório Externo da Câmara Municipal de São Paulo. Como é um local fechado, somente quem apresentava carteira de vacinação comprovando duas doses contra a Covid-19 tinha acesso ao plenário.
Após ouvir dezenas de declarações em solidariedade, Bebel, com a voz visivelmente embargada, agradeceu as manifestações que, segundo a parlamentar, ficará “gravada em toda a minha trajetória”.
Apesar da violência logo na porta de entrada da SEDUC, a deputada conseguiu adentrar ao prédio, mas passou pelo constrangimento de ter de aguardar durante muito tempo até que alguém a atendesse. “Por que fui submetida a tanto constrangimento? A agressão não foi apenas contra mim, mas foi contra a nossa categoria, contra as pessoas que não puderam estudar na idade própria e que necessitam da EJA, contra os estudantes trabalhadores que necessitam do ensino noturno, contra professores e professoras, constantemente atacados em seus direitos e necessidades”, disse Bebel. A parlamentar denunciou, ainda que vem sofrendo perseguição na Assembleia Legislativa. “Tenho, aproximadamente, 2,5 milhões de reais em emendas para serem aprovadas pela Casa. Sou uma das únicas, se não for a única que, até agora, não fui atendida.
Ao encerrar seu discurso, Bebel agradeceu a demonstração de afeto, solidariedade e carinho e bradou “a violência, o machismo, a misoginia e o desprezo do governo do PSDB pelos nossos direitos, não passarão”.