Por meio do Memorando Circular 2/2025-GDS, de 21/2/2025, a Superintendência do Centro Paula Souza dirige-se às diretoras e aos diretores de ETECs e FATECs para autorizá-los “excepcionalmente, no exercício de sua autonomia, que realizem a conversão das aulas presenciais em atividades remotas”, no período de 24/2 a 1/3, quando estão previstas temperaturas mais altas. O documento cita os potenciais problemas que podem ser causados pela exposição ao calor extremo, como a desidratação e a exaustão térmica, sobretudo entre grupos mais vulneráveis, bem como prejuízos à capacidade de concentração e desempenho acadêmico dos estudantes. Também reconhece que “a maioria das FATECs e ETECs não dispõe de infraestrutura climatizada adequada para enfrentar tais condições”.
O Sinteps, que havia apresentado a demanda em ofício enviado em 18/2, saúda a decisão, que demonstra sensibilidade por parte da gestão. No entanto, alerta para duas questões:
- Ao autorizar as aulas remotas, o memorando atende às necessidades de professores e estudantes. Mas é preciso atentar, também, para a situação dos funcionários técnico-administrativos, igualmente sujeitos aos riscos do calor excessivo. É preciso que as direções escolares, conhecedoras como ninguém da infraestrutura de suas unidades, utilizem o bom senso com todos os segmentos.
- Muitas unidades se ressentem de problemas básicos, como a ausência ou mau funcionamento de ventiladores e ar-condicionado, falhas no fornecimento de água fresca e potável, bebedouros quebrados etc. Trata-se de questões que precisam ser apontadas com clareza à Superintendência pelas direções locais, para que sejam solucionadas o mais breve possível.
Boca no trombone
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Não é de hoje que o Sindicato está atento a estas dificuldades. A entidade vem recebendo várias denúncias das condições precárias de infraestrutura das unidades, e tem cobrado insistentemente o governo por mais recursos para a instituição e respeito à comunidade.